Semana Santa e a Páscoa – período conhecido como Quaresma – os católicos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

A Sexta Feira Santa é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. E por fim, com a chegada do Domingo de Páscoa, os cristãos celebram a Ressurreição de Cristo e a sua primeira aparição entre os seus discípulos.

Mas historicamente a Páscoa já era comemorada antes do surgimento do Cristianismo, é a comemoração do povo Hebreu/Judeu/Israelita por terem sidos libertados da escravidão no Egito, que durou aproximadamente 400 anos.

O mestre Jesus ( hebraico Yeshua (ישוע/ יֵשׁוּעַ); participou de várias celebrações pascais. Quando tinha doze anos de idade foi levado pela primeira vez pelos seus pais, José e Maria, para comemorar a Páscoa, conforme narram alguns relatos do Novo Testamento na Bíblia. A mais famosa participação relatada foi a “Última Ceia”, onde Jesus e os seus discípulos fizeram a “comunhão do corpo e do sangue”, simbolizados pelo pão e vinho, selando a nova aliança de Deus com os homens.

A Páscoa (do hebraico פסח,  Pessach) é a recordação da saída dos filhos de Israel do Egito, como está relatada no Livro do Êxodo, na Bíblia, incluindo as dez pragas lançadas por Deus sobre os egípcios para os obrigar a libertar os israelitas.

Além deste sentido de libertação, significa também a celebração do nascimento do povo judaico como tal. Até à saída do Egito os israelitas eram uma entidade tribal, familiar, dos filhos de Jacob, que viviam juntos, partilhavam costumes, tradições  com a novidade, para a época, de acreditarem num Deus único.

O Faraó só deixou os israelitas saírem após 10 pragas, a décima das quais foi a exterminação dos primogênitos. De acordo com as instruções de Deus a Moisés, os Hebreus marcaram suas portas com o sangue de um cordeiro, assim quando o anjo passasse para levar os primogênitos, pouparia as casas com a marca do sangue.

Significado da Páscoa:

Daí o termo Páscoa, Pessach (passagem), que marca a passagem do anjo de Deus sobre todas as casas no Egito, poupando as dos Israelitas. Ao longo da Páscoa judaica não se come nada que seja levedado a partir dos cinco cereais típicos da alimentação judaica: trigo, cevada, aveia, centeio e espelta (trigo vermelho).

Nesses dias come-se pão ázimo, feito com a mistura de água e farinha e sem levedar. Com isto, os judeus recordam que os seus antepassados, na fuga do Egito, não tiveram tempo para deixar levedar a massa do pão, comendo o pão não fermentado.

Sendo a Páscoa um período de purificação espiritual, os judeus aproveitam para fazer uma limpeza nas suas casas, eliminando todos os produtos fermentados e queimando o lixo. Durante as festividades da Pessach / Pesach, é feito um jantar especial de comemoração chamado “Sêder de Pessach”, que tem o objetivo de reunir toda a família. O ritual inclui leituras da Bíblia e a representação teatral e musical da fuga do Egito.

O Pessach judeu é comemorado durante sete dias. Os judeus seguem a tradição descrita no livro do Êxodo: “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo” (Êxodo 12.14).

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