Povo de Guajará clama por solução no hospital regional

fevereiro 29 11:49 2020 Imprimir

A obra do hospital regional de Guajará-Mirim (RO) já passa dos sete anos de construção e nada de ser concluída. A população reivindicou em massa, na terceira audiência pública ocorrida na Câmara de Vereadores no último dia (27), solução imediata nos quesitos de infraestrutura civil, instalação de velhos equipamentos que estão mofando nos compartimentos inacabados do combalido hospital regional e acima de tudo, a contratação de dezenas de profissionais da saúde para atender ribeirinhos, indígenas e a sociedade do Município vizinho Nova Mamoré (RO).

Com os trâmites documentais que iniciou-se em 2012 até as intempéries da construção da obra em 2017, a empresa de engenharia não anunciada o seu nome em audiência pública por técnicos da SESAU, faturou em licitação mais de R$ 10 milhões de reais. Contudo, essa empresa de engenharia fez ressalvas quanto as medições feitas pelo DER para receber esse montante. Em meados de 2018 o Poder Judiciário do Estado de Rondônia entrou no caso e mais um acordo com a empresa de engenharia foi concedido. Desta vez, o deputado estadual Doutor Neidson (PMN – Guajará-Mirim) se comprometeu em repassar mais de R$ 700 mil reais para a conclusão do Hospital Regional.

Sobretudo, essa empresa de engenharia afirmou em juízo, que entregaria a obra em janeiro de 2019. Não ocorreu como determinou o julgamento e os empresários pediram mais uma prazo de cinco meses para cumprir o acordo judicial. No entanto, não obteve evolução estrutural e judicial do caso nos últimos seis anos. Daí então, a Procuradoria – Geral da União passou a investigar o “Elefante Branco”, que se tornou a obra do Hospital Regional de Guajará-Mirim e encontrou robustos elementos de corrupção envolvendo o sistema público de saúde.

Esses fatores apontados em inspeção pela Procuradoria-Geral da União surtiu efeito na Caixa Econômica Federal que não disponibilizou mais os repasses vultosos para essa empresa de engenharia. Paralisada no governo do pesselista Coronel Marcos Rocha, que inclusive recebeu ácidas críticas da população de Guajará-Mirim nesta audiência pública, pois trata-se de uma região de fronteira com a Bolívia e por ele ser oriundo das forças militares ao menos deveria ter encaminhado o seu assecla chefe da pasta da SESAU, Fernando Máximo, na qual faria os comprometimentos necessários para resolver esse mega problema.

Duas graves falhas que o hospital regional na sua planta arquitetônica apresenta, é a falta de leitos para a construção de UTI e um compartimento para área de Nefrologia. A revolta da população com esse projeto engenhoso que já levou mais de R$ 10 milhões de reais, é o porquê o capitalismo selvagem continua matando centenas de moradores de Guajará-Mirim e Nova Mamoré; e nada é feito pelos patriotas do governo Jair Bolsonaro.

As comunidades relataram em audiência pública que a precariedade na saúde de ambas as cidades que fazem fronteira com a Bolívia é lastimável. Na mesa diretora estavam o deputado estadual Doutor Neidson, conselheiros da saúde do Município e do Estado, Presidente da Câmara de Vereadores de Guajará-Mirim, o Prefeito de Nova Mamoré Professor Claudionor (PDT) e por fim técnicos da SESAU que se comprometeram com o público presente, determinando assim a data do dia (11) de março para ter a resposta final para o início de mais um ciclo de obras no Hospital Regional de Guajará-Mirim.

mapping.com.br – Maique Pinto

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